PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA – UM OLHAR DIFERENTE
Santa Inês – MA
Novembro/2011
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA – UM OLHAR DIFERENTE
Gestor Geral: Deuzelita de Oliveira Nunes
Gestor Auxiliar: Antonia Fátima Silva Rodrigues
Coordenadora Pedagógica: Miriam Santos Chagas
Executor do Projeto: Edimilson da Paixão Silva
Professores Envolvidos:
Cristiano
Jôsy
Lucinete
Maria Francisca
Nilde
Silvania
Gersimar
Almira
Santa Inês – MA Novembro/2011
“Não importa se você é negro, branco, se tem olhos azuis, ou verdes, ou escuros... O importante é você ter Deus... e Ele não cria nada em vão...”
Bob Marley
SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS............................................................................................................... 5
2.1 Objetivo Geral............................................................................................................ 5
2.2 Objetivos Específicos............................................................................................. 6
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................. 6
4. METODOLOGIA......................................................................................................... 7
5. AVALIAÇÃO............................................................................................................... 8
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 9
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 10
APRESENTAÇÃO
Este projeto trata da importância e valorização da cultura negra dentro da escola, criando espaço para manifestações artísticas que propiciem reflexão crítica da realidade e afirmação positiva dos valores culturais negros pertencentes à nossa sociedade.
Aqui os valores sociais e morais são reforçados e também é nele que muitos preconceitos são perpetuados de forma quase imperceptível. Portanto, esse projeto surge para tentar tirar do anonimato a verdadeira história africana e seu povo, tem como objetivo abrir discussões em torno da diversidade cultural existente em nosso país afim de que essa diversidade seja respeitada.
Assim, dentro da proposta de trabalho na escola a valorização da cultura afro-brasileira, os alunos do Ensino Fundamental e Medio do C.E. Josué Montello, envolveram-se na realização desse projeto que busca promover e resgatar a prática de valores no cotidiano escolar valorizando a cultura afro-brasileira.
1. JUSTIFICATIVA
Historicamente, o Brasil teve uma postura ativa e permissiva diante do racismo e do preconceito, a Lei em si, não basta, é preciso propor novos questionamentos, fornecendo informações necessárias, buscando reconhecer a importância da cultura afro-brasileira enquanto cultura do povo brasileiro, sendo este em sua maioria afrodescendente. Diante disso, qual seria o papel concreto da escola para viabilizar a conscientização da sociedade?
Abordar a questão da diversidade racial, valorizando e respeitando as diferenças, apontando as contribuições dos negros no patrimônio cultural, político e social no desenvolvimento da sociedade brasileira. Promover a releitura da história do mundo africano, sua cultura e os reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral. Rompendo com o modelo vigente na sociedade brasileira, garantindo a cidadania e a igualdade racial.
A partir do reconhecimento de que a sociedade e a cultura ainda evidenciam profundos traços de discriminação e racismo considera-se pertinente o estudo da história e cultura afro-brasileira em forma de projeto, visando superar tal situação e com isso promover sua valorização, evidenciando as origens, cultura e culinária afro-brasileira.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Ø Resgatar a prática dos valores no cotidiano escolar, valorizando a cultura afro-brasileira.
Ø Possibilitar a obrigatoriedade, a inclusão de atividades artísticas e a história, destacando os valores, a ética e a cidadania no cotidiano escolar.
Ø Transformar o modelo pedagógico vigente, incluindo afro-brasileiro na condição de decisório para a construção da sociedade.
Ø Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.
2.2 Objetivos Específicos
Ø Identificar os principais costumes da cultura afrodescendente, destacando a culinária africana como fator relevante para o resgate de tradições.
Ø Despertar para a africanidade brasileira em manifestações na arte, esportes, culinária, língua, religião, como elementos de formação da cidadania.
Ø Discutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou estão deixando sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas, artísticas, políticas, musicais, religiosas, etc.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No dia 20 de novembro comemora-se o dia da consciência negra. A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorre uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a historia do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes.
Imperadores, navegadores, bandeirantes, lideres militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa historia e esperamos que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa historia. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas públicas já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Aqui iremos abordar como foco principal a culinária afro-brasileira trazida pelos negros, eles reestruturaram pratos, e fizeram iguarias com ingredientes que trouxeram da África, como: coco, inhame, café, quiabo, gengibre, melancia, acarajé, banana, azeite-de-dendê, vatapá, também incorporaram elementos que não eram “seus” como: amendoim, pimenta, mandioca, milho, dessa “mistura” surgiram delicias como: cuscuz, (no começo feito com arroz, mas passou a ser feito com milho), feijoada, moqueca de crustáceos, caruru entre tantos outros.
4. METODOLOGIA
O projeto será desenvolvimento na sala de aula por meio de:
Apresentação de atividades pelos alunos evolvendo temas como:
· Consciência Negra (lei 10.634/2003);
· Influências africanas;
· Cultura negra;
· Negritude;
· Contribuição da África para o Brasil;
· Os personagens negros;
· Regiões afro-brasileiras;
· Zumbi;
· Principais quilombos no Brasil;
· Culinária africana;
· O racismo;
· O negro na sociedade atual;
· Preconceito racial
· Música, danças;
· Vocabulários africanos.
5. AVALIAÇAO
A avaliação acontecerá de forma diagnóstica e continua, levando em consideração os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento das atividades propostas, dando oportunidades ao professor, de rever a própria pratica docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolver suas potencialidades e mudanças de postura, mostrando lhes que uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse projeto veio para tentar tirar do anonimato a verdadeira historia do povo africano e abrir discussões em torno da diversidade cultural existente em nosso país, afim de que seja respeitada e valorizada.
Visa à apropriação de diversos saberes, além da conscientização sobre temas relevantes como legislações, tolerância, direitos e deveres. Não é um projeto acabado, portanto, deve ser desenvolvido diariamente no cotidiano escolar, criando apropriações de novas aprendizagens, a partir de reflexões e esclarecimentos sobre outras culturas.
REFERÊNCIAS
- OLHAR A ÁFRICA E VER O BRASIL, Editora: companhia editora nacional- www.ibep-nacional.com.br
- BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações Étnico- Raciais e para o Ensino de Historia e cultura Afro - Brasileiro e Africano.
